O Museu de Geociências tem um espaço expositivo de 450m2, no primeiro andar do Instituto de Geociências. Neste local, você irá encontrar a exposição de longa duração, sobre minerais e rochas; e as exposições de curta duração, sobre assuntos diversos relacionados às Geociências.

EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO: MINERAIS

Fluorita. Foto de Bruno Maruyama.

A exposição de longa duração de minerais ocupa as vitrinas brancas ao redor do espaço expositivo. Nela estão expostos cerca de 2100 minerais de acordo com uma sistemática internacional, conhecida como Sistema Mineralógico de Dana. James Dwight Dana (1813-1895) foi um mineralogista estadunidense que propôs uma classificação para os minerais de acordo com suas afinidades químicas aniônicas. Assim, cada vitrina apresenta uma classe mineral, inciando na vitrina 01 e terminando na vitrina 36. 

Quartzo com inclusão de pirita. Foto de Bruno Maruyama.

EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO: ROCHAS

A exposição de longa duração de rochas está disposta nas vitrinas brancas de números 46 a 54 e está organizada de acordo com os ambientes de formação das rochas. Nas vitrinas 52 a 54 estão as rochas ígneas ou magmáticas, formadas em ambientes de altas temperaturas. Nas vitrinas 49 a 51 estão as rochas sedimentares, formadas em ambientes de deposição de partículas. Nas vitrinas 46 a 48 estão as rochas metamórficas, formadas em ambientes de altas pressões e temperaturas.54


Migmatito

FÓSSEIS DO ARARIPE

Concebida para ser uma exposição de curta duração, “Fósseis do Araripe” fez tanto sucesso que irá ficar no Museu sem data definida para ser substituída. Foi inaugurada em dezembro de 2017, resultado da “Operação Munique” da Polícia Federal (2014) que apreendeu fósseis contrabandeados. Curadoria: Dra. Juliana de Moraes Leme Basso. Projeto Expográfico: Lia Catalán. Execução: Candotti Cenografia.

SOBRE O ARARIPE

A Bacia do Araripe abrange a região do Cariri ao sul do estado do Ceará, ao noroeste de Pernambuco
e leste do Piauí. Parte de sua formação ocorreu durante o período Cretáceo, constituída por camadas de calcários laminados, bancos de gipsita, folhelhos e arenitos. Sua formação está relacionada aos processos de separação dos continentes da América do Sul e África e formação do Atlântico Sul.
Possui uma das maiores jazidas fossilíferas do período Cretáceo do mundo, o que nos permite conhecer a espetacular biodiversidade que se desenvolveu entre 120 a 100 milhões de anos atrás.
A preservação desta vasta riqueza de fósseis foi propiciada por condições singulares durante a evolução da Bacia do Araripe, possibilitando um excepcional estado de conservação da diversidade paleobiológica.

A Formação Santana, possui dois membros: Crato (mais antigo, constituído primariamente por calcário laminado) e Romualdo, que possui concreções calcárias,
que portam diversidade e quantidade impressionantes de fósseis, muitos em excelente estado de preservação, muitas vezes tridimensionais e com preservação de tecidos moles. São conhecidas no membro Crato mais de 50 espécies de plantas, centenas de espécies de insetos, camarões, escorpiões, aranhas, moluscos, peixes, tartarugas, crocodilianos, lagartos, pterossauros e aves, reflexo da exuberante fauna que existia no período. O Membro Romualdo registra em seus sedimentos as “pedras de peixe”, uma vez que a maioria dos fósseis é de peixes. Atualmente, são conhecidas cerca de 50 espécies de pterossauros descritas em todo o mundo, sendo que 23 destas espécies foram identificadas na Bacia do Araripe. Uma delas, o Tupandactylus navigans, foi encontrado completo e representa o único exemplar inteiro do mundo.

AREIAS

Na Geologia o termo “areia” refere-se à uma fração granulométrica, ou seja, um tamanho de grão específico, entre 0,062 mm e 2 mm. A areia, como outros sedimentos inconsolidados, é o produto de uma importante etapa do ciclo das rochas. 

A formação da areia depende:

 1- da ação do intemperismo sobre as rochas 

2- da erosão, que “quebra” as rochas em partículas menores (sedimentos)

3 – do transporte desses sedimentos para áreas distantes, moldando-os e definindo-os do tamanho da areia

4- do acúmulo das areias nas áreas de sedimentação, que podem ser praias, lagos, rios, dunas, morainas, entre outros.

Areia da Praia da Armação. Coleções IGc-USP https://colecoes.igc.usp.br/colecao/areias/praia-da-armacao-rj3010br

A exposição “Areias”, inaugurada em dezembro de 2021, mostra de maneira interativa todos os tipos de grãos de areia, de acordo com sua origem, transporte , tamanhos e arredondamentos desses grãos.

Com uma lupa deslizante é possível olhar com detalhes as areias de ambientes de praia, deserto, rio, plataforma carbonática e areias vulcânicas. A exposição foi executada com auxílio do 5ºEdital Santander USP/FUSP de Fomento às Iniciativas de Cultura e Extensão e tem curadoria da Profa. Dra. Christine Laure Marrie Bourotte, do IGc-USP. 

Para explorar o maravilhoso universo das areias, acesse: https://colecoes.igc.usp.br/areias