Alosaurus fragillis:

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Réplica em tamanho natural, em exposição no saguão do IGc – USP desde novembro de 2002, foi confeccionado no Brasil com o patrocínio da fundação VITAE.

Este dinossauro viveu no final do Período Jurássico da Era Mesozoica, entre 154 e 144 milhões de anos atrás e seus ossos foram encontrados nos Estados Unidos e em Portugal. A.fragilis antecedeu em quase 80 milhões de anos o famoso Tyranosaurus rex, extinto no final do Período Cretáceo e foi descrito pelo paleontólogo norte-americano Othniel Marsh em 1877.

O nome Allosaurus quer dizer “lagarto diferente“, porque suas vértebras diferem das vértebras dos outros dinossauros. Fragillis diz respeito a seu peso de 2 toneladas, metade do peso da maioria dos dinossauros descritos até então. A. fragilis pertenceu ao grupo dos dinossauros conhecidos como terópodes, que agrupa a maioria dos dinossauros carnívoros bípedes.

Ao contrário da flora atual, a vegetação no final do Jurássico era dominada por pinheiros, muitos tipos de samambaias, e parentes de cicadáceas. Não existiam ainda as plantas com flores e frutos que dominam o mundo hoje em dia. O jardim onde está o Alossauro é uma representação desse ambiente antigo. A disposição dos continentes na época também era muito diferente. No final do Jurássico, o supercontinente Pangea, que durante milhões de anos reuniu todos os continentes, estava em processo de separação. O jovem Oceano Atlântico já separava a América do Norte da Eurásia, a leste, e do supercontinente Gonduana, ao sul. Esse isolamento impediu a chegada de A.fragilis ao Brasil.

Meteorito Itapuranga:

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O meteorito Itapuranga foi encontrado em 1977, na Fazenda Curral de Pedra, a 18 Km da cidade de Itapuranga, Estado de Goiás, Brasil. Entre os meteoritos metálicos o Itapuranga é o 3° maior encontrado no Brasil, com 628 Kg. Sua idade estimada é de 4,5 bilhões de anos, a mesma idade do nosso planeta! Pertence à classe dos meteoritos metálicos (sideritos), com alto teor de liga de ferro-níquel. Sua composição química e mineralógica sugere que os sideritos sejam provenientes do núcleo de asteroides grandes (do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter), que sofreram diferenciação interna e posterior fragmentação. Alguns desses fragmentos atingiram a Terra, captados pela força gravitacional. Os meteoritos metálicos tem composição diferente das rochas que ocorrem na superfície da Terra, assemelhando-se porém aos materiais rochosos da parte mais profunda de nosso planeta. Por este motivo, o Itapuranga e outros sideritos são importantes nas pesquisas sobre a constituição do núcleo interno da Terra e de outros planetas do Sistema Solar.

Minerais Fluorescentes:

A fluorescência é um fenômeno óptico que ocorre em alguns minerais quando estes são submetidos à radiação ultravioleta (UV). Seu nome deve-se ao fato de que foi primeiramente observado no mineral fluorita. 

A luz UV é um tipo de energia e, deste modo, quando aplicada ao mineral faz com que os elétrons presentes em sua estrutura cristalina mudem de orbital. O excesso de energia gerado pelo deslocamento dos elétrons é retransmitida em forma de luz do espectro visível. 

A fluorescência ocorre apenas enquanto a energia proveniente da luz ultravioleta está sendo aplicada ao mineral. Por isso, a vitrine de minerais fluorescentes possui dois interruptores, um para acender a luz branca, que mostra a aparência “real” do mineral aos olhos humanos, e outro interruptor para ligar a luz ultravioleta e observar a fluorescência. Os minerais que estão expostos nesta vitrine são os seguintes: autunita, fluorita, calcita negra, carvão fluorescente, celestita, opala uranífera, rackmanita, willemita e wernerita. 

Tupandactylus navigans:

Tupandactylus navigans foi um réptil voador pertencente à família dos pterossauros tapejarídeos e que viveu no período Cretáceo (entre 145 e 65 milhões de anos atrás). O fóssil exposto no Museu de Geociências é proveniente da Formação Crato, na Bacia do Araripe, região localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. 

Este exemplar de Tupandactylus é especial por ser o único fóssil completo desta espécie já encontrado no mundo. Até agora só haviam sido descobertos amostras do crânio deste animal, e pouco se sabia sobre ele.

Esta raridade científica chegou ao Museu graças à atuação da Polícia Federal, que resultou na Operação Munique, em 2014. Esta operação resgatou cerca de 3 mil fósseis da Bacia do Araripe, que estavam no Porto de Santos e seriam enviados ilegalmente para a Alemanha. No Brasil, o comércio de fósseis é ilegal.

O Tupandactylus do Museu possui extraordinária preservação, que inclui também tecidos moles, como a crista do animal. Este indivíduo media cerca de 2,5 metros de envergadura e até um metro de altura.

Pela sua estrutura óssea, estima-se que, ao contrário do que se pensava, o Tapejara navigans não se alimentava de peixes, mas sim de frutos duros e sementes, pois não seria capaz de suportar vôos de grandes distâncias.

Para saber mais detalhes sobre o Tupandactylus, leia o artigo científico na íntegra em https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0254789